
A origem real do mal de Alzheimer ainda permanece desconhecida, mas atualmente há forte contendores: disfunção enzimática, falha genética, invasão microbiana ou toxinas como metais. Foi esta última categoria que pareceu ao mesmo tempo explicar a doença e proporcionar uma maneira de evitá-la.
O acusado foi o alumínio, que por pelo menos 25 anos gastou-se muito tempo, dinheiro e esforço na tentativa de controlar o impacto deste metal em nossas vidas. O que pode-se dizer que foi inútil.
O Alumínio tornou-se alvo desta suspeita devido ao papel que desempenhava numa doença com sintomas semelhantes, a demência da diálise. Como o proprio nome indica esta se dava em pacientes submetidos a hemodíalise como tratamento para os rins.
Na década de 1960, foi noticiado que pacientes que realizavam este procedimento duas ou mais vezes por semana começavam a sofrer de demência e apresentavam comportamentos estranhos, como falar de maneira ilógica, confusão mental e desajeitamento. A causa foi comprovada devido a exames em cerébros de pacientes já falecidos que mostrou um alto teor do metal, que era dissolvido a partir do equipamento e entrava na corrente sanguínea.
Entretanto o alúmínio que causava a demência da diálise, não resultava no tipo de material fibroso ou nas placas amilóides associadas ao mal de Alzheirmer. Na verdade, os efeitos se assemelhavam mais a reação tóxica ao metal.
Além disso pacientes que sofriam da demência da diálise quando tratados com medicamentos para remover o alumínio apresentavam recuperação, o que depois não se confirmou nos casos de M.A.
O primeiro caso diagnosticado com M.A foi o da alemã Auguste D. de 51 anos em 1901. Ela foi aceita no asilo de Frankfurt onde ficou sob os cuidados do neurologista Alois Alzheimer.
Hoje sabe-se que a síndrome de Alzheimer tem mais relação com 02 tipos de protéinas que se acumulam no cerébro a "tau" e a "amilóide".
Fonte: EMSLEY, John.Vaidade, Vitalidade, Virilidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
