
No início da segunda guerra mundial o molibdênio já havia sido substituído pelo tungstênio no uso da produção de aço visando a fabricação de armas que pudessem resistir ao calor gerado pelos disparos sequenciais. Este fato ocorre devido ao maior tamanho dos átomos do tungstênio e também do molibdênio em relação ao aço,que torna a excitação do mesmo mais demorada, aumentando assim a resistência térmica.
A Alemanha nazista precisava muito do tungstênio, simbolizado na tabela periódica pela letra W que vem de Wolfran o nome do metal em alemão, para fabricação de mísseis que perfurassem as blindagens, e desta forma o desejo pelo metal superou, no período da guerra, o desejo por ouro.
O supostamente neutro Portugal alimentou o apetite dos alemães e depois dos aliados por este metal pois forneceu o mesmo durante muito tempo para os dois lados do conflito.
A razão para o tungstênio ser melhor que outros materiais no uso com o aço pode ser observada na tabela peródica. Localizado abaixo do molibdênio, possui propriedade similares ao mesmo, como já citado, e além disso possui ainda mais elétrons, o que faz com que o mesmo só derreta a 3400ºC. Além disso por ser mais pesado que o molibdênio fornece ótimas amarras para impedir o escoamento dos átomos de ferro.
Portugal conseguiu fazer com que sua única commodity saísse do valor de 1100 dólares/ton em 1940 para 20000dólares/ton em 1941, e só deixou de fornecer para ambos os lados do conflito no final de 1944 quando a vitória dos aliados já se anunciava.
Fonte: KEAN, Sam. A colher que desaparece. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
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